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  • Foto do escritorDaniel Ben-Hur Silva de Oliveira

Se/quando vier a próxima tempestade, você terá produção ou destruição?

Atualizado: 14 de nov. de 2023

Pode parecer uma pergunta filosófica (e não deixa de ser), mas me refiro literalmente às tempestades -- aquelas formadas quando as gotículas de #agua se condensam e caem.


Sabemos que os #recursoshidricos são um elemento essencial para qualquer #organizacao : servem desde dessedentar pessoas a resfriar equipamentos. E essa água que nos abastece, vem justamente do regime hidrológico do qual as chuvas fazem parte.


Mas, depender da #sorte para que chova e encham-se os mananciais é um grande #risco para as organizações.


Raios em uma tempestade - segurança hídrica
Fonte: Freepick

Sim, pode ser que esperar a próxima tempestade encher os reservatórios te faça quebrar. Ou o contrário: pode ser que a próxima chuva venha muito mais forte do que o normal e te traga prejuízos.



Trabalho com o conceito de segurança hídrica e percebo o quanto ele tem se tornado importante para o #desenvolvimentosustentavel das organizações e sociedades. Ele se baseia em dois pilares:


* Quantidade e qualidade aceitável de água para a saúde humana, o bem-estar, o #ecossistema e a produção e #desenvolvimento;

* Nível aceitável de risco relacionado à água para as pessoas, para o #meioambiente e para a #economia. <https://lnkd.in/dytyfUn9>



Tomarei como exemplo minha região, a Grande Vitória, no Espírito Santo. Em uma situação de #crise hídrica, municípios com grande necessidade de água por parte da indústria, como no caso do município de Serra, onde moro, podem sofrer com racionamento. Enquanto outros que não tem grandes reservatórios naturais ou artificias, como a capital Vitória, pode ter dificuldade de abastecimento da população.



Foi o caso da crise hídrica que ocorreu aqui entre 2015-2016. Pela legislação brasileira, se houver falta d'água numa região, o abastecimento para dessedentação de pessoas e animais é sempre uma prioridade, portanto, a #industria e a #agricultura, por exemplo, podem ficar desabastecidas.


A ArcelorMittal Brasil, foi uma das que sofreram com o racionamento de água nessa época. Para que a produção de aço não parasse, diversas ações de redução de gasto de água e de busca por independência da rede de abastecimento pública foram tomadas, inclusive a construção de uma planta de dessalinização da água do mar saiu do papel. Após o fim do racionamento de água no ES, a empresa já tinha uma redução significativa do gasto de água e se comprometeu a diminuir ainda mais. Atualmente, o índice de recirculação de água na empresa é de mais de 97,7%. <https://lnkd.in/dGgrAJWK>



Planta de dessalinização da ArcelorMittal. Foto: Renato Cabrini - Segurança Hídrica
Planta de dessalinização da ArcelorMittal. Foto: Renato Cabrini. Fonte: ES Brasil.

Tudo isso me faz pensar que, no fim, o modo como vemos as tempestades é uma questão de perspectiva. Chover de mais ou de menos não é um desastre em si. Mas o modo como nos preparamos e nossa resiliência diante dos eventos extremos é o que causa ou não os desastres.


Vejo então que o lado bom de perceber os #riscos, é poder transformá-los em #oportunidades. Ou de uma forma mais filosófica: um lado bom das tempestades, é que elas regam os campos.




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